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terça-feira, 28 de junho de 2011

O que vale este dia?


Um salto em frente.
Um assumir de algo negado.
Uma possibilidade especial.
Um sonho íntimo e de muitos partilhado.

Vale cada um em cada um,
e em nós.

Vale uma estranheza,
do salto no vazio.
Uma tontura que regurgita os medos.
A felicidade que faz tremer a pessoa.

Carpe diem!
Carpe diem M.

Vamos em frente!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ser Marioneta é Cultura?

Houve em tempos um governo, que achou que os portugueses deviam sair de casa e ir ao teatro, ao cinema... andar pelas ruas históricas das nossas cidades e apreciar as animações de rua... houve um governo, que quis levar as pessoas aos museus, quis que os portugueses olhassem para a pintura, a escultura... houve um dia um governo, que quis que desde a infância, os portugueses do futuro tivessem contacto com a música, com a dança...
Mas os portugueses não precisam de nada disso. Os portugueses rejeitaram toda e qualquer especie de cultura que ultrapasse os limites da imaginação das tramas noveleiras, dos morangos açucarados que caricaturam e não educam...
Os portugueses não precisam nada disso... e por isso, um governo surgiu que ignorou uma das traves mestras do pensamento, do sentimento: a Cultura!

Percebo! Os portugueses não precisam de festejar com dança, o dia mundial da dança. Os portugueses não precisam de ver "Acrobacias cómicas com Waltraud & Sebastian", não precisam da Rede Portuguesa de Teatros Municipais. Os portugueses querem lá saber de "fomentar a partilha de boas práticas nos domínios das programação, formação de públicos, criação artística e gestão de equipamentos culturais e, simultaneamente, contribuir para a valorização das pessoas e das comunidades e dos recursos artísticos locais, no acolhimento de criação contemporânea e na co-produção de projectos artísticos."

Afinal os portugueses, e eu percebo, precisam apenas de se entreter nos intervalos da informação tendenciosa, nos intervalos do crédito fácil, nos intervalos dos preços dos pepinos de produção nacional, nos intervalos de uma história, que não é a deles.

Não foi por falta de aviso.

Os portugueses culturalmente, estão a ficar especialistas, em ser marionetas!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

fazer por fazer... prefiro nada fazer.


Dança nunca dancei.. quer dizer dei uns passos com uma amiga um dia que me queria convencer e percebi logo que traria problemas... a dança para mim tem um carga forte...
Cozinha: o "reportório" é reduzido. Mas faço com a comida o mesmo que faço com todas as outras coisas... acho que é a entrega. 
Hoje descasquei as batatas com a mesma calma de sempre... casca fininha, na tábua cortei em rodelas fininhas. Hambúrguer daqueles de talho... congelado... mas nem por isso grande dificuldade.. grelhador, fiz furinhos e enquanto aquecia reguei com bastante limão... adoro limão. Enquanto frita estrelo um ovo... é fácil, sem stress, mal passado, com duas pedras de sal (grosso) na gema.. vou virando o hambúrguer... afinal está congelado...
cebola picada, como se fosse para refogado, na tábua, tomate cortado ao meio e fatiado... regar com um pouco de azeite e vinagre... mexer...

batatas embaladas em guardanapo... (para secar o máximo de óleo)
ovo em cima do hambúrguer, batatas no prato e a minha salada a um canto...
para terminar um pouco de maionese... gosto.

estava bom

...estas descrições são de alguém que não se vê (ou viu) forçado a tais tarefas. Encaro-as como se fossem uma composição... são as minhas outras músicas, as minhas outras letras...
Nem sempre corre bem... aliás como tudo o resto.
Tenho que estar virado para isto... nem que almoce às 2 ou às 3... senão simplesmente não faço e opto pelo mais simples de tudo: comprar já sentado e devidamente instalado.

Tenho com os legumes uma boa relação. Talvez pelo facto de em miúdo a minha mãe me ter obrigado a descascar as favas... como dizia eu "tirar-lhes a pila".

Não sei. Gosto de picar, de descascar, de cortar em pedaços pequenos. Gosto do cuidado.. embora mexa e remexa demasiado as coisas. Como se espreitasse e mexesse para perguntar "Está tudo bem?".

Gosto de refogar as coisas... faço refogados enormes para tudo. Enormes pelo excesso de cebola e alho... adoro alhos... como às vezes... faz-me pular o coração.

Mas sempre em momentos que me toquem... fazer por fazer... prefiro nada fazer.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ver?

 

(...)
Estou a carregar energias... preciso tanto de alento, de confiança, de sentido, de caminhos, de luz... não sei como fiquei assim, tão desconfiado de mim próprio.

Acho que antes recarregava sozinho... mas o mundo era mais pequeno para mim... no ninho que vivia, não precisava de me sentir inseguro e a minha vaidade dos minutos arrancados aos dias era suficiente.

Agora a coisa está diferente. Não sei bem o quanto diferente está, porque a minha realidade ainda anda por aqui... eu ainda estou agarrado ao que fui, na minha vidinha de passarinho que apenas conhece o ninho...

Desconfio... pois desconfio... porque achando-me especial e diferente a maior parte dos meus dias, nunca vi isso como grande vantagem na vida... acho que me habituei ao discurso miserável da falta de sorte, e de sorrir para a falta de sorte.

Mas de repente tudo muda e eu não sei do que sou capaz.
(...)
Receio muito as mudanças. O não estar à altura e o quanto a desilusão pode ser penalizadora em mim próprio.
Tenho medo de perder a paixão que me move pelas letras, pelas pessoas... tenho medo da desilusão com os outros... tenho medo de me sentir incapaz de mudar o que quer que seja... não nos outros... não neles desta vez... mas em mim.

Um dia disse que preciso de orientação. Preciso de luz para um caminho. Um qualquer. Aceito a indicação sem medo de falhar... mas não acendo o pavio.

Estou ainda no escuro... a ouvir, a sentir, a temer... mas ver? Ver ainda não consigo ver...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Só podia...


Sinto-me triste.
Não podia sentir-me de outra forma... às vezes penso que aqueles que se agarram a uma discussão, a uma traição, a um defeito qualquer, sofrem menos...
Entretidos que andam na luta, na insulto, no magoar... não deixam espaço para sentir a dor.
Eu tinha que estar triste... se me sinto desamparado? Sim também... mas acima de tudo sinto-me triste.

A minha vida está a dar uma reviravolta... enorme! Consigo sentir... 

Precisarei de ajuda... mas não hoje. Hoje estou apenas triste. Não podia estar de outra forma...

Sobrevivo. Soltarei outras vezes o sorriso. 
Mas não hoje.
Hoje estou apenas triste. Porque quero estar triste... porque só podia estar triste.

sábado, 11 de junho de 2011

Serei...


"Serei um dia um homem grande. Pois um homem grande mede-se pelo caracter, pela força, pela coragem... e pela importância que os detractores lhe conferem" - 

Extractos de um Anónimo