(...)
Estou a carregar energias... preciso tanto de alento, de confiança, de sentido, de caminhos, de luz... não sei como fiquei assim, tão desconfiado de mim próprio.
Acho que antes recarregava sozinho... mas o mundo era mais pequeno para mim... no ninho que vivia, não precisava de me sentir inseguro e a minha vaidade dos minutos arrancados aos dias era suficiente.
Agora a coisa está diferente. Não sei bem o quanto diferente está, porque a minha realidade ainda anda por aqui... eu ainda estou agarrado ao que fui, na minha vidinha de passarinho que apenas conhece o ninho...
Desconfio... pois desconfio... porque achando-me especial e diferente a maior parte dos meus dias, nunca vi isso como grande vantagem na vida... acho que me habituei ao discurso miserável da falta de sorte, e de sorrir para a falta de sorte.
Mas de repente tudo muda e eu não sei do que sou capaz.
(...)
Receio muito as mudanças. O não estar à altura e o quanto a desilusão pode ser penalizadora em mim próprio.
Tenho medo de perder a paixão que me move pelas letras, pelas pessoas... tenho medo da desilusão com os outros... tenho medo de me sentir incapaz de mudar o que quer que seja... não nos outros... não neles desta vez... mas em mim.
Um dia disse que preciso de orientação. Preciso de luz para um caminho. Um qualquer. Aceito a indicação sem medo de falhar... mas não acendo o pavio.
Estou ainda no escuro... a ouvir, a sentir, a temer... mas ver? Ver ainda não consigo ver...
Acho que antes recarregava sozinho... mas o mundo era mais pequeno para mim... no ninho que vivia, não precisava de me sentir inseguro e a minha vaidade dos minutos arrancados aos dias era suficiente.
Agora a coisa está diferente. Não sei bem o quanto diferente está, porque a minha realidade ainda anda por aqui... eu ainda estou agarrado ao que fui, na minha vidinha de passarinho que apenas conhece o ninho...
Desconfio... pois desconfio... porque achando-me especial e diferente a maior parte dos meus dias, nunca vi isso como grande vantagem na vida... acho que me habituei ao discurso miserável da falta de sorte, e de sorrir para a falta de sorte.
Mas de repente tudo muda e eu não sei do que sou capaz.
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Receio muito as mudanças. O não estar à altura e o quanto a desilusão pode ser penalizadora em mim próprio.
Tenho medo de perder a paixão que me move pelas letras, pelas pessoas... tenho medo da desilusão com os outros... tenho medo de me sentir incapaz de mudar o que quer que seja... não nos outros... não neles desta vez... mas em mim.
Um dia disse que preciso de orientação. Preciso de luz para um caminho. Um qualquer. Aceito a indicação sem medo de falhar... mas não acendo o pavio.
Estou ainda no escuro... a ouvir, a sentir, a temer... mas ver? Ver ainda não consigo ver...
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