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terça-feira, 17 de maio de 2011

As palavras que eu invento...




Serão vagas e absurdas as minhas palavras, 
por parecerem fora de tempo, sem fundamento?

Serão parcas as explicações dadas, 
por não mostrarem na simplicidade das letras, 
o esticar já longo das amarras, 
o som já calado das guitarras? 

Serão falsas as minhas intenções,
ao imaginar um telhado alto, tão alto, 
no céu suspenso, mas para o qual,
no momento, não consigo descrever,
o seu sustento?

Não sei... 

O futuro que as minhas palavras inventam, 
podem ser apenas isso, um devaneio do momento, sem história... 
uma teimosia de jumento, 
em querer mostrar o que vejo, o que sinto, 
um fotografar da areia antes de se tornar cimento...

São apenas palavras... são as minhas palavras! 
Elas não foram feitas para mudar o mundo, 
para servir de estudo, 
para mostrar-me mais velho, 
mais culto, 
mais verde ou maduro... 

São apenas as minhas palavras... 
as palavras que eu invento!

16 de Agosto de 2010

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