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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Porque os direitos dos senhores existem...



Esses seres fantásticos, sobre-humanos, ensinam-nos a ver, ensinam-nos a criticar, ensinam-nos a gostar ou desgostar disto ou de aquilo!
De uma maneira geral, disfarçam-se de pessoas normais e a única diferença é uma capacidade fora do vulgar, de observar. Não sei como eles fazem... não sei como conseguiram sequer atingir tal lugar de supremacia. Talvez tenham nascido já assim: supremos!

Facilmente nos "apaixonamos" por seres assim: corajosos nas criticas, incisivos nas opiniões, meticulosos nos detalhes com que nos mostram lados quase tão reais, que nem parecem alternativos, que nos estimulam a ver as pessoas, as ruas, a gente e a gentinha,  de prismas tão vários e tão diferentes.

Enfrentam os poderosos sem medo, contam-nos segredos, decifram os seus enredos...
E fazem-nos felizes num dia, até na espera do dia-a-dia, até à próxima crítica...

Mas hoje em dia, até um cronista tem que fazer mais para o seu leitor, que apenas um texto por semana. Tem que dar a cara, dar o dia, dar o minuto... e é nesse minuto a minuto, que acaba por deixar cair a máscara.
Esses seres poderosos, os cronistas, acabam por deixar cair a armadura, tornam-se reais primeiro, depois banais e por fim, iguais a todos os piores que existem!
A única coisa que mantêm, é a espada! A mesma que matará quem quer que se intrometa não sua ínfima liberdade de expressão, que é apenas sua... que nos matará se, no nosso "não gosto", não escondermos o "não"!
No fundo e afinal, apenas interessa uma opinião, a sua própria opinião!

Não se metam com um cronista de intervenção. Daqueles que abate tudo o que mexe, até o clube do seu coração! Pode parecer que sabe mais do que nós sobre o assunto, mas olhem que não... mas no entanto concordem, gostem... e se não gostarem calem-se! Não chateiem o senhor importante! Porque ele pode deixar de escrever ou de vos deixar ler! E que seria de todos nós, se ele deixasse de escrever ou se não nos deixasse ler?

Afinal os super poderes são de fachada! O seu caracter não vale nada. Os seus interesses são os da "massa", são os da manada, que considera sua e logo ou está  obediente e calada, ou então leva porrada e é desmanchada, desmembrada, anulada!

"Ser cronista é ser mais alto, é ser maior do que homens". E um cronista pode criticar, com ou sem fundamento, com ou sem respeito, tudo e toda a gente. 

Eu enfrentei um cronista super poderoso que admirava. Sem insultos, com argumentos e ideias... Mas afinal como pessoa, ele não prestava!
Enfrentei um cronista que reclama um direito que não existe ou não devia existir. Reclama para si a liberdade de criticar ao mesmo tempo que o direito de não ser criticado!

Caro Joel Neto, o direito é todo teu! E podes manipular o espaço que ocupas, mas não podes manipular o meu!

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