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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Por vezes...


Por vezes a morte, não é a prisão que parece ser. É ao contrário! É a libertação.
Libertação do que se fez de mal, como se pagar com a vida anulasse os pecados.
Libertação pelo que se fez de bem, como se passar para outro mundo fosse um prémio pelo nosso bom desempenho. 
Libertação pela descoberta da verdade ou a ocultação para sempre da mentira, dado que os que ficamos, quando confrontados com a morte, falamos a nós mesmos, com mais verdade!

É sempre triste em qualquer dos casos.
A minha mãe morreu com 39 anos. O meu pai com pouco mais de 40. Deixaram 3 filhos, 2 menores.... muito menores. Não consegui nunca ver nisso qualquer prémio, qualquer verdade ou mentira, qualquer castigo justificável.
Não entendo. Mas aceito...

Aceitei com o tempo.
Em tempos tive muito medo da morte. Hoje acho que não tenho. Mas tenho saudades da vida. Já!
Não vá acontecer alguma coisa...
(...)
As palavras podem ser reorganizadas, misturadas, lidas mais baixo ou mais alto. Podem ser hoje mais fortes, mais tristes ou alegres... mas elas foram ditas, escritas. E, sobretudo, foram sentidas!

Não hora da partida, quando ela vier, terei saudades do que vivi... e não do que não vivi!

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