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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As pessoas


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Detesto pessoas oferecidas. Sim, oferecidas! Daquelas que parece que a cada sorriso, a cada palavra, a cada virar de esquina transmitem aquele ar de "todos me querem". Aquelas que em qualquer assunto conseguem colocar uma segunda interpretação, uma segunda intenção... aquelas que confundem sedução com vulgaridade disfarçada num "não sei não..."
Existem de facto pessoas muito oferecidas. São oferecidas mesmo e não só de conversa. Gostam de manipular as mentes e também o resto... Mais tarde ou mais cedo, caem no ridículo que quanto mais se oferecem, menos valem! O que é normal.
Depois existem aquelas (pessoas) que apenas são oferecidas nas conversas, nos comentários, nos sorrisos e olhares. E, no fundo, nas relações que levam na vida, são bastante criteriosas até (quem diria?), nada reboludas e pinchadonas... e estas então, fazem-me até febre, talvez por não conseguir entender o objectivo.
E eu tento! Juro que tento. O que levará alguém que não é oferecido, a fazer comentários oferecidos? Ou que parecem oferecidos? Ou que, na melhor das hipóteses, podem ser entendidos por oferecidos? E não só comentários... é toda uma atitude. Daquelas situações que os visados (e os outros que por qualquer razão estão presentes) ficam sem saber o que dizer? E quando assim é, um sorriso amarelo, um gosto clicado muito rápido, ou um ignorar em esforço por não se ter coragem de se ser brejeiro, acaba por ser o destino da conversa ou situação, em que fica aquele silêncio, como se no ar pairasse aquela última imagem incrédula de "Como?"... à qual se segue aquele pensamento que não abona em nada para a história da pessoa (que parece) oferecida...

Mas que raio... se não são oferecidas (as pessoas) por que razão querem tanto parecer oferecidas? Qual é o gozo? Qual o objectivo?
E depois, se alguém se destrava e diz o que pensa, lançam logo aquela coisa de que somos nós (os outros) que pensamos isto ou aquilo e que estamos a denegrir a verdade pura da oferecida (pessoa) injustiçada...


Vamos fazer assim: se são oferecidas (as pessoas) então tudo bem! Cada um oferece o que tem. Mas se não são oferecidas (as pessoas), por favor, parem com essa merda dessa mania de se fazerem passar por promiscuas que lançam em qualquer tema o sobranceiro e mafioso olhar, para que depois não façam a figura ridícula de se passarem por ofendidas pela resposta à altura do naco de proa que parecem, e que oferecido dessa forma parece nada valer, muito menos merecer o respeito do duvidar da intenção da oferta, fui claro?

Por isso, se se oferecem, pelo menos não se zanguem quando alguém quiser tomar posse sem dar nada em troca, ok?


A prova de que este texto não deve ser lido por toda a gente nascerá em cada um dos leitores. Como se sente?

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