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terça-feira, 26 de julho de 2011

Essas, esses e essas...


"Eu nunca tenho dúvidas e raramente me engano."

Tento não acusar ninguém de nada. Como posso? Tenho telhados de vidro.
Existem muitas coisas que eu não percebo... mas a um nível diferente daquele que a ausência provoca.

Já traí e fui traído, já amei sem ser amado e já fui amado sem amar... já magoei sem querer e já magoei por querer... já caí nas ratoeiras mas também já fiz os outros cair...

Não me parece que eu saiba alguma coisa mais que os outros. Afinal de contas, que outros é que eu falo? Que outros é que eu conheço?

Seja como for, as perguntas não precisam de ser feitas, pois as respostas já estão dadas.

Quem me dera ter o poder de me ofender com as perguntas que imagino que me podem fazer, que me farão... era  a prova que tinha sido honesto e justo durante toda a minha vida... ou então, quem me dera ter o desdém e a sapiência, para anular os efeitos nas expressões que a mentira provoca, e com isso, passar de carrasco a vitima, e deixar-me sair das histórias com a certeza absoluta, que seria a imagem melhor de mim, aquela que fica.

Não! Não faço perguntas. Pois as respostas estão dadas.

As incertezas, os medos, as fobias... não se combatem com perguntas ou com jubas assanhadas de quem vive na certeza, e não concebe a falta da mesma...
Essas, esses e essas, combatem-se de tantas outras formas.
Pois... na incerteza que todas as respostas lê, fica no meio a minha certeza, que eu nunca tenho dúvidas, e raramente me engano.

Tenho talvez um dom, um jeito, um talento... e não sou a única pessoa que sei disso.

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