Eu namorei muito dos meus 14 anos aos 20... ser órfão e ter dinheiro, foram uma grande ajuda a isso.
A minha irmã era incapaz de me controlar...
Também namorei muito no café... mas muito mais atrás do pavilhão de mecânica da Dr. João Araújo Correia... e muito na estação da Régua...
Do café tenho as memórias mais recentes. Há muito anos que me levanto cedo para tomar café e passar os olhos por todos os jornais e revistas antes de ir trabalhar.
Gosto muito de ler... e a forma mais fácil é mesmo os jornais... leitura rápida, sem consequência, sem borbulhares de pensamentos.
Tudo o que sou, enquanto escrita, tudo o que sou enquanto política, foi no café que aprendi... muito na internet... mas muita internet, também no café.
Há já alguns anos que não dispenso a internet no telemóvel, com a internet do café.
Leio o jornal, a revista, o folheto, pego no telemóvel e publico... ou guardo para mais tarde... para quem sabe, escrever um texto, bonito!
Ultimamente perdi este hábito de leitura. Nos últimos tempos, e desde que esta campanha jornaleira começou, que dá-me cabo do fígado... discuto alto sozinho "Como é possível?", quando leio certas coisas...
Passo muito tempo na net... no café... menos jornais.
Namorar... não me lembro... talvez sejam esses os problemas das relações longas: as perdas das memórias.
Tenho este novo hábito matinal, que dura há algum tempo. Sentar-me ao balcão, café, net, imagens, noticias, trabalho, email, cigarros (pelos meios)
Bailes... nunca foram o meu género... detesto dançar... e acho que perdi umas meninas bem bonitas por causa disso...
Comecei a frequentar discotecas aos 15 anos... domingos à tarde que eram de noite, lá dentro. Era giro... sentia-me grande...
Mas mesmo aí, preferia o observar dos momentos... dos momentos dos outros. Como se fosse o meu estudo, o meu doutoramento, olhar muito bem, o seu crescimento.
Café... decididamente!
Gosto muito dos cafés. São mistos... não são casa, nem são rua, não são silêncio nem são excesso de barulho... tenho um problema só com os moinhos de café... dão-me cabo dos nervos.
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