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terça-feira, 26 de abril de 2011

Destino...

Parecerá fácil a consciência, o levar com a vida para qualquer lado fingindo indiferença, o desbotar da ausência, o afastar tão rápido que desafia a inteligência...
Parecerá fácil mas não é, não é suposto ser, mas não devia ser suposto parecer... E parece! 
Parecerá absurdo... Nenhum afastamento faz com que uma porta se abra ou se feche... Ela ficará no mesmo lugar, à espera da próxima saída ou da próxima entrada. Nada fará desaparecer o que sempre existiu... Nada poderá desligar o que não precisa de energia... Nada matará o que não nasceu, porque não nasceu... Sempre existiu! E o que sempre existiu não nasce nem morre...
Sim! Brinca comigo Destino que eu gosto, mas não faças chorar quem me ama... Sim! Brinca comigo Destino porque eu aposto que te provoco, e que um dia as voltas te troco, e então choras tu, os espinhos e as rosas e eu nem te ouço, ao mostrar-te a falta de respeito que sinto, por quem acha que me pode controlar, mesmo que pouco... 
Sim! Brinca comigo, mas não me faças chorar, não me faças zangar... 
Sim!!! Zangar contigo, porque no meio de todo o desalento, eu não mereço, o teu castigo!
Não mereço o teu castigo, não mereço o adjectivo, não mereço a tua raiva, porque ao suspender-me num presente, ao fechar-me em pesadelos que os sonhos parte, quem falhou não fui eu, foste tu Destino que falhaste. Tu Destino, com tanto tempo não fizeste a tempo, a tua pequena parte!
(11 de Novembro de 2010)

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