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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

enojam-me...

enojam-me os que violentam os outros com os olhares, 
com as críticas, 
com as atitudes...
enojam-me aqueles que, 
com más condutas, 
ocupam a nossa mente,
fazendo com que deixemos de acreditar em tudo e em todos, 
facilmente...
enojam-me aqueles que nos roubam a inocência, 
aqueles que se apoderam da nossa carcaça, 
que nos maltratam a existência, 
e fazem dela uso para a sua demência...
enojam-me os que tocam sem que queiramos, 
aqueles que olham quando parados ficamos, 
quando em viagem descansamos, 
os que nos perseguem quando queremos estar sozinhos, 
os que usam e abusam dos cruzamentos,
dos nossos destinos... enojam-me...
enojam-me esses seres disfarçados de pessoas que nos apressam os passos, 
que nos inibem dos abraços, 
aqueles a quem Deus não castiga, 
por tamanhos actos...
Sou eu homem e tive sorte, 
de me livrar pelo genero de tais embaraços... 
tive eu sorte de na minha vida, 
não me ter cruzado com esses palhaços...
tive eu sorte... e tiveram eles sorte... 
porque acredito que de todos os medos que eu tenho, 
medo nenhum teria, 
de com a faca da loucura, 
cortar-lhes bem rente, 
os chumaços!





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