Quanto de nós vai no vento, pelas margens da vida que para trás deixamos?
E quanta da nossa pele fica colada no tempo, no tempo dos de que nos levaram mais que o momento, em que em nós colados, tanto tempo estiveram?
Talvez o vento quando sopra não leve a parte de nós para todos os lados de onde viemos... talvez o vento, na verdade, retire de nós apenas o que já demos e não quisemos deixar levar, e no momento em nos arranca o que já não nos pertence, preencha apenas o espaço deixado vago, com as coisas que nos quiseram dar, e nós teimosos, no tempo certo, não quisemos ficar...
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